WASHINGTON, DC, 5 de maio de 2025 (PAHO)-A higiene das mãos é uma das medidas mais eficazes e econômicas para prevenir infecções nos contextos de saúde e combater a resistência antimicrobiana. Sobre Dia Mundial da Higiene Handsa Organização Pan -Americana da Saúde (PAHO) ressalta que, enquanto as luvas médicas desempenham um papel fundamental na prevenção da transmissão de infecções – particularmente em situações que envolvem exposição potencial ao sangue ou fluidos corporais – eles não substituem a realização de higiene das mãos nos momentos apropriados.
Observado todos os anos em 5 de maio, a campanha deste ano é marcada pelo slogan “pode ser luvas. É sempre a higiene das mãos”. A mensagem chama a atenção para o impacto ambiental do uso desnecessário de luvas e o desperdício que isso gera. “Por exemplo, luvas de nitrila, que estavam entre as mais amplamente utilizadas durante a pandemia, podem levar mais de 400 anos para se decompor. Isso destaca a necessidade de alternativas sustentáveis e uso responsável de luvas”, disse o Dr. Jarbas Barbosa, diretor da PAHO.
De acordo com o relatório global sobre prevenção e controle de infecções 2024 da Organização Mundial da Saúde (OMS), 17 dos 20 países (85%) na região das Américas que participaram de uma pesquisa global de 2023-2024 possui um programa ativo de prevenção e controle de infecções nacionais (IPC). Com relação à conformidade com a higiene das mãos, 15 países (75%) o designaram como um indicador nacional essencial, um aumento de 62,5% no período 2021-2022. No entanto, as lacunas persistem no acesso a serviços de água, saneamento e higiene (Wash) em instalações de saúde em toda a região.
“No futuro, devemos priorizar a higiene das mãos em estratégias nacionais para prevenção e controle de infecções. Até 2026, esperamos que o monitoramento da higiene das mãos seja um indicador nacional essencial”, disse o Dr. Barbosa em uma mensagem de vídeo. “Esse objetivo é ambicioso, mas alcançável, através dos esforços coletivos de pessoal de saúde, formuladores de políticas e comunidades”, acrescentou.
As estatísticas globais refletem a magnitude do desafio: em média, sete em cada 100 pacientes em países de alta renda e 15 em países de baixa e média renda adquirirão pelo menos uma infecção associada à assistência médica durante sua permanência em hospitais de cuidados agudos. Globalmente, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e que estimam que, em 2050, essas infecções poderiam causar quase 3,5 milhões de mortes anualmente, 4,4 vezes mais do que as mortes por HIV/AIDS e doenças sexualmente transmissíveis combinadas em 2021.
A PAHO trabalha com países da região para fortalecer as capacidades nacionais do IPC. Isso inclui a promoção dos padrões mínimos de infraestrutura e o apoio à implementação de políticas e programas que garantem condições seguras para pacientes, profissionais de saúde, familiares e visitantes. Realizar higiene das mãos no momento certo, usando a técnica correta e, em todos os níveis de atendimento, é uma ação que salva vidas, protege o pessoal de saúde e contribui para reduzir a contaminação ambiental.