Washington, DC, 22 de outubro de 2025 (OPAS/OMS) – Antes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para 10 a 21 de novembro de 2025, em Belém, estado do Pará, Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) está recomendando que os viajantes – incluindo chefes de estado, cientistas, ativistas e representantes da sociedade civil entre os 60.000 participantes esperados de 198 países — revejam a sua vacinação status para febre amarela e sarampo antes de viajar.
A febre amarela é uma doença viral grave transmitida por mosquitos que pode causar febre alta, danos ao fígado e – em até 50% dos casos graves – morte. Até agora, em 2025, as Américas notificaram 294 casos humanos, incluindo 121 mortes, em seis países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana e Peru. Além disso, a Costa Rica notificou um caso importado. Embora nenhum caso tenha sido notificado na cidade de Belém este ano, sua localização na região amazônica – área de risco permanente – exige cautela.
O sarampo, uma doença viral altamente contagiosa, regressou a nível mundial, com 177.469 casos notificados em todo o mundo e 12.163 em 10 países das Américas em meados de Outubro, principalmente entre indivíduos não vacinados ou com estado de vacinação desconhecido. O Canadá relata atualmente o maior número de casos na região, enquanto o Brasil registrou 35 casos durante o mesmo período – nenhum deles em Belém.
Embora o Brasil não exija comprovante de vacinação contra febre amarela ou sarampo para entrar no país, a OPAS/OMS recomenda o seguinte:
- Indivíduos que não foram vacinados anteriormente devem considerar receber uma dose da vacina contra febre amarela (recomendada para pessoas de 12 meses a 59 anos) pelo menos 10 dias antes da viagem, e a vacina MMR (sarampo, caxumba, rubéola – para maiores de 12 meses) pelo menos 15 dias antes da viagem.
- Para indivíduos com 60 anos ou mais, a vacinação contra a febre amarela é recomendada com cautela e deve ser considerada somente após uma avaliação médica personalizada de risco-benefício.
- Ambas as vacinas podem ser administradas no mesmo dia, ou com intervalo mínimo de quatro semanas entre elas, se administradas separadamente.
A OPAS/OMS apela aos países da região para que reforcem a vigilância epidemiológica, garantam a disponibilidade de vacinas nos serviços de saúde e melhorem a comunicação dos riscos dirigida aos viajantes e às delegações internacionais.
Os sistemas de saúde também são incentivados a monitorar possíveis casos entre os participantes da COP30, tanto durante o evento quanto após o retorno para casa — prestando muita atenção a sintomas como febre e erupção cutânea (sarampo) ou amarelecimento da pele e dos olhos (febre amarela).