OPAS/OMS pede apoio urgente de doadores para resposta de saúde após impacto devastador do furacão Melissa na Jamaica – OPAS/OMS

Unidade de saúde destruída

Washington, DC, 5 de novembro de 2025 (OPAS/OMS) – A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) emitiu um alerta aos doadores para mobilizar recursos críticos para a resposta de saúde após o furacão Melissa, que deixou um rastro de destruição na Jamaica, Cuba, Haiti e República Dominicana.

O alerta, agora disponível online, descreve as necessidades de saúde mais prementes e o financiamento necessário para as resolver durante os próximos seis meses na Jamaica.

O furacão já ceifou mais de 50 vidas e deslocou mais de um milhão de pessoas em todo o Caribe. A Jamaica foi particularmente atingida, com 2,8 milhões de pessoas expostas a ventos destrutivos e a inundações. Até 3 de Novembro, 32 mortes foram confirmadas na Jamaica, 94 feridos foram tratados e mais de 7.000 pessoas permanecem em abrigos.

Cinco grandes hospitais estão gravemente danificados nas regiões oeste e sul do país. Setenta fontes de água ficaram inoperantes devido à alta turbidez e interrupções elétricas. Quarenta por cento das instalações em toda a ilha ainda apresentam instabilidade energética, complicando ainda mais os esforços de recuperação.

Serviços de saúde sob pressão

As avaliações iniciais de saúde revelam uma situação terrível na Jamaica. A continuidade dos serviços essenciais de saúde está sob grave pressão, especialmente para as populações vulneráveis, como as crianças, as mulheres grávidas, os idosos e as pessoas com doenças crónicas. Os danos nas infra-estruturas e as interrupções nos serviços tornaram o acesso aos cuidados de saúde extremamente difícil.

As necessidades de saúde mental também estão surgindo como uma preocupação crítica. As comunidades enfrentam traumas e perdas e a procura de apoio psicológico e de intervenções comunitárias está a crescer rapidamente.

O risco de surtos de doenças é substancial. As inundações, as falhas no saneamento e a deslocação generalizada criaram condições propícias à propagação de doenças transmitidas pela água, pelos alimentos, por mosquitos e respiratórias, especialmente em abrigos onde a sobrelotação aumenta os riscos de transmissão. Ao mesmo tempo, os desafios logísticos continuam a dificultar o acesso às comunidades afectadas, atrasando as avaliações dos danos e a entrega de bens vitais.

É necessário apoio urgente de doadores

Para responder de forma eficaz, a OPAS/OMS procura 14,2 milhões de dólares em apoio de doadores. Este financiamento ajudará a restaurar a prestação de cuidados de saúde, a intensificar a vigilância de doenças, a garantir água potável e saneamento e a melhorar a coordenação da assistência humanitária. A maior parte – 10,2 milhões de dólares – destina-se a apoiar a continuidade da prestação de cuidados essenciais, incluindo o apoio crítico à saúde mental, e a restaurar a capacidade dos serviços de saúde danificados.

A OPAS/OMS já ativou seus procedimentos de emergência e planos de contingência. Doze especialistas internacionais foram destacados para a Jamaica para apoiar a avaliação de danos em infra-estruturas, saúde ambiental, saúde mental e assistência psicossocial, equipas médicas de emergência, logística e coordenação. Está em curso uma colaboração diária com o Centro Nacional de Operações de Emergência de Saúde, a Equipa Nacional das Nações Unidas e outros parceiros humanitários.

A OPAS/OMS também lidera a coordenação do sector da saúde e participa nos esforços de água, saneamento e higiene (WASH), ao mesmo tempo que mobiliza fornecimentos médicos das suas reservas regionais no Panamá e em Barbados. São urgentemente necessários recursos adicionais para ampliar e sustentar operações críticas de resposta sanitária no terreno, a fim de proteger a vida e a saúde das populações afectadas.

O documento completo de alerta dos doadores está disponível online e fornece informações detalhadas sobre a estratégia de resposta e a repartição do financiamento.



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