WASHINGTON, DC, 7 de outubro de 2025 (PAHO) – A Organização da Saúde Pan -Americana (PAHO) lançou seis novos guias projetados para apoiar os profissionais de saúde e outros profissionais na identificação e resposta à desinformação da vacina – um fenômeno crescente que ameaça minar a confiança na imunização e comprometer o progresso da saúde pública em toda a região.
Os guias fornecem ferramentas práticas para os principais públicos – incluindo profissionais de saúde, gerentes nacionais de programas de imunização, comunicadores de saúde, jornalistas, educadores e criadores de conteúdo – para fortalecer sua capacidade de reconhecer e combater mensagens falsas ou enganosas sobre vacinas.
“Estudos mostraram que a exposição à desinformação da vacina, mesmo por um curto período de tempo, pode influenciar negativamente as percepções das pessoas e sua decisão de serem vacinadas”, disse Daniel Salas, gerente executivo do programa especial de imunização abrangente Al Paho. “Mesmo indivíduos que foram vacinados no passado podem ser influenciados negativamente pela desinformação”.
Os documentos descrevem estratégias comuns usadas para espalhar informações falsas, como o uso de dados sem evidências científicas, apelando para emoções fortes, promovendo teorias da conspiração, desacreditando especialistas ou instituições e usando seletivamente informações verdadeiras para fazer com que as reivindicações falsas pareçam legítimas. Eles também oferecem orientações sobre a identificação de bandeiras vermelhas em materiais enganosos, incluindo erros de ortografia ou gramaticais frequentes, manchetes sensacionalistas e o uso excessivo de letras maiúsculas ou marcas de exclamação.
Dado o papel vital que os profissionais de saúde desempenham como a fonte de informação mais confiável sobre imunização, os materiais incluem recomendações sobre como responder com empatia e transparência aos pacientes que expressam dúvidas ou medos devido a desinformação. A PAHO também desenvolveu orientações personalizadas para jornalistas, oferecendo sugestões sobre como fornecer cobertura equilibrada e baseada em evidências de vacinação, evitando a disseminação inadvertida das narrativas anti-ciência. Para os educadores, os guias propõem atividades em sala de aula para ajudar a fortalecer a mídia, a alfabetização digital e de saúde dos alunos, incentivando -os a avaliar criticamente as informações que encontram nas mídias sociais e em outras plataformas.
As diretrizes enfatizam que o combate a desinformação deve seguir de mãos dadas com esforços mais amplos para construir confiança e aumentar a cobertura da vacinação. “O comportamento humano é complexo e, embora abordar a desinformação seja essencial, não é uma bala de prata”, explicou Salas. “Em áreas com baixa cobertura, incentivamos os países a aplicar ferramentas como microplanismo e orientação sobre fatores sociais e comportamentais da vacinação para obter uma compreensão mais profunda das percepções da comunidade, normas sociais e possíveis barreiras logísticas”.
Através da publicação desses novos guias, a PAHO pretende apoiar países das Américas no fortalecimento da confiança da vacina, reforçando os programas nacionais de imunização e sustentando a liderança de longa data da região na vacinação-uma das maiores realizações de saúde pública nas Américas.